terça-feira, 15 de outubro de 2013

Já escondi um amor...

    
  Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por esconde-lo. Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de não sentir minhas mãos. 

  Já expulsei pessoas que eu amava de minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. 


  Já acreditei em amores perfeitos e descobri que eles não existem. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas em frente ao espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza sobre mim, ao ponto de querer sumir. 


  Já menti e arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância as pessoas que me amavam, para mais tarde chorar quieto no meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. 


  Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não devia para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns e já deixei de ser o que sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, só pra ver um amigo feliz. 


  Já inventei histórias com final felizes para dar esperança a quem precisava.  Já sonhei de mais, ao ponto de confundir com a realidade. Já tive medo do escuro, hoje no escuro me acho, me agacho e fico ali. Já caí inúmeras vezes achando que não ia me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que nunca mais cairia. Já liguei para quem não queria, só para não ligar para quem realmente queria. Já corri atras de um carro, por levar embora quem eu amava. Já chamei pessoas próximas de amigos, e descobri que não eram. Algumas pessoa nunca precisei chamar de nada e sempre foram, e sempre serão, especiais para mim. 


  Não me deem formulas certas, pois não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, pois vou seguir meu coração. Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual. Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesmo, mas com certeza serei o mesmo para sempre. 


  Gosto de venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos e dos sentimentos mas fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 


  Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

 - E daí? Eu adoro voar...